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terça-feira, 18 de junho de 2013

Registo Civil - Como se iniciou?

O registo de indivíduos remonta à Antiguidade, no entanto, aplicava-se apenas a alguns poucos que à época possuíam o título de cidadãos (homens livres). Depois da queda do Império Romano, a Igreja Católica tornou-se a responsável pelo registo dos indivíduos e dos seus títulos, continuando a tradição clássica de registar fatos que envolviam somente pessoas com posses, sejam de ordem eclesiástica, dinástica ou nobiliárquica.
A primeira vez que se institui o registo universal dos batismos e das mortes (sepulturas) foi em 1539 com a Ordenança de Villers-Cotterêts no Reino da França. Somente com o fim do Concílio de Trento, em 1563, é que a obrigatoriedade do registo de batismos, matrimónios e mortes de todos os indivíduos é estendida à totalidade do mundo católico.
Finalmente, no início do século XIX o registo civil como é conhecido hoje, ou seja, universal e laico foi criado com o advento do Código Napoleónico de 1804. Todos os territórios sob o jugo de Napoleão Bonaparte foram obrigados a adotar o novo código, fato o qual afetou sensivelmente o poder da Igreja Católica.
Pode-se considerar que o Código Napoleónico tenha sido o maior legado de Napoleão à Humanidade, pois direta ou indiretamente - e mesmo no Oriente - todos os países do mundo sofreram a sua influência em maior ou menor grau, o que se evidencia nos seus sistemas legais.


O registo civil em Portugal é oficialmente instituído pelo "Código do Registo Civil" de 18 de fevereiro de 1911 (alguns meses antes da promulgação da Constituição Portuguesa de 1911). Em 20 de abril de 1911 a "Lei da Separação da Igreja do Estado" radicaliza o estado laico e determinou que todos os registos paroquiais (baptismos, casamentos e óbitos) anteriores a 1911 gozassem de eficácia civil e fossem transferidos das respectivas paróquias para as recém-instituídas Conservatórias do Registo Civil.
De forma geral, há uma conservatória de registo civil em cada concelho português, sendo que nas cidades de Lisboa, Porto, Vila Nova de Gaia e Setúbal há onze, quatro, duas e duas conservatórias respectivamente. Em concelhos de pequeno e médio porte, as conservatórias também acumulam outras funções além do registo civil, como o registo predial (imóveis), comercial (pessoas jurídicas) e de veículos.

Nota: link

terça-feira, 11 de junho de 2013

Genealogia: o que é?

Genealogia vem de duas palavrinhas gregas: gene e logia. Elas querem dizer, gene (geração ou família) e logia (notícia ou estudo). 
É a ciência que organiza as gerações, as linhagens, identificando o seu lugar dentro da humanidade. Não é um conhecimento novo, nem exclusivo de um povo. Mesmo os povos ágrafos (que não tem escrita) cultivam as genealogias, na forma oral, transmitida dos mais velhos para os mais novos. 
Na década de 70, o escritor afro-americano Alexander Palmer Haley (1921-1992) reconstruiu no romance histórico “Roots” (Raízes, 1976) a sua genealogia usando como fonte a oralidade, até chegar ao seu quinto-avô africano Kunta Kinte, numa aldeia de Gâmbia no século XVIII. 
As genealogias mais antigas que se conhecem são originárias do Oriente. Algumas delas fazem parte de nosso dia a dia e nem prestamos atenção nisto. É o caso das milhares de genealogias que estão registadas na Bíblia, tanto no Velho como no Novo Testamento.

Fonte: link